Não posso sequer olhar para o chão, pois vejo as feições dele esculpidas nestas lajes. Em cada nuvem, em cada árvore enchendo o espaço, à noite,refletindo-se em cada objeto; durante o dia, vivo cercada pela imagem dele! Os mais vulgares rostos de homem ou de mulher, minhas próprias feições, zombam de mim com a sua semelhança. O mundo inteiro é uma terrível coleção de lembranças da existência dele e de que o perdi! A figura dele é o fantasma do meu amor imortal, das loucas tentativas que eu fazia para defender meus direitos, da minha degradação, do meu orgulho, da minha felicidade e da minha angústia.
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